terça-feira, 31 de maio de 2011

Karl Popper e o Círculo de Viena


Popper foi contemporâneo dos membros do Círculo de Viena e, inclusive, tinha uma relação próxima com seus membros. Apesar de não se considerar positivista, o foi, embora houvesse tecido várias críticas aos métodos do positivismo lógico. Uma delas é justamente em relação ao método indutivo. Popper era totalmente contra a indução.

Em um ambiente onde as idéias positivistas faziam parte do senso comum, ele soube identificar falhas graves na visão e métodos vigentes. Para ele, a produção do conhecimento era o produto mais característico da atividade humana. Devemos “consumir teorias” – criticá-las, mudá-las e destruí-las para poder substituí-las por outras melhores. Isso é o que proporciona o crescimento do conhecimento e o que transforma a história humana.

Popper, embora racionalista, vai contra a visão de se encontrar uma verdade absoluta – ideal do realismo científico - ao estabelecer que “as melhores teorias experimentais são as que dão origem aos problemas mais profundos e inesperados”. Ele cria um modelo “quádruplo” que possibilita várias formas de se resolver um único problema. A lógica é a seguinte:

Problema -> Teoria Experimental -> Eliminação de Erro -> Novo problema
A teoria de Popper não busca solucionar um problema; busca gerar novos problemas. “A emersão de novos problemas e novas soluções”. O seu modelo pode ser aplicado a novas formas de comportamento e até mesmo de novas formas de organismos vivos.

Toda ciência e toda filosofia são senso comum esclarecido”: uma importante relação se faz entre o senso comum e a crítica: o nosso ponto de partida é o senso comum e o nosso grande instrumento para progredir é a crítica.

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