quarta-feira, 8 de junho de 2011

Círculo de Viena

O Círculo de Viena foi um grupo de filósofos, organizado informalmente em Viena à volta da figura de Moritz Schlick. Ocorreu nas duas primeiras décadas do século XX, como um movimento em reação à filosofia idealista e especulativa presente  e dominante nas universidades alemãs, sendo responsável pela criação de uma corrente de pensamento intitulada positivismo lógico.

A Viena da segunda metade do século XIX se caracterizava por uma política dominante orientada pelo liberalismo. As idéias iluministas, o empirismo, o utilitarismo, o espírito antimetafísico e o movimento do livre-comércio na Inglaterra influenciavam diretamente o panorama intelectual vienense. Esse foi o meio, portanto, onde se desenvolveram os pensadores que fizeram parte do Círculo de Viena.
Membros proeminentes do Círculo incluíram Rudolf Carnap, Otto Neurath, Herbert Feigl, Philipp Frank, Friedrich Waissman, Hans Hahn. Receberam as visitas ocasionais de Hans Reichenbach, Kurt Gödel, Carl Hempel, Alfred Tarski, W. V. Quine, e A. J. Ayer. Estava, assim, formado este movimento. Além destes filósofos, compunham o grupo cientistas, economistas e juristas.
Karl Popper, apesar de não ter frequentado as reuniões do Círculo, foi uma figura central na recepção e na crítica às suas doutrinas. Por algum tempo, algumas da figuras do grupo encontraram-se regularmente com Ludwig Wittgenstein.

As principais influências recebidas pelos filósofos do Círculo de Viena são: o pensamento do positivista Ernst Mach (1838-1916), a lógica de Russell, Whitehead, Peano e Frege, bem como os novos paradigmas da física contemporânea, especialmente as descobertas de Einstein. Determinante foi, ainda, a filosofia de Wittgenstein. 

Uma das principais contribuições do Círculo de Viena reside na noção de verificabilidade. Esta compreende que o sentido de uma proposição está intrinsecamente relacionado à sua possibilidade de verificação. Isto quer dizer: determinada sentença só possui significado para aqueles que são capazes de indicar em que condições tal sentença seria verdadeira, e em quais ela seria falsa. Indicar tais condições equivale a apontar as possibilidades empíricas de verificar a verdade ou falsidade da sentença em questão.


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